sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO LIÇÃO BIBLICA Nº1


Postado por Blog do Preletor Cleber
Lição 1 – A Defesa do Apostolado de Paulo

De 03 de Janeiro de 2010

Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
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Comentário da Lição nº 1 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 4º Trimestre de 2010.


Caros professores chegou 2010!

Mais um ano começa onde novos votos, projetos e propósitos se formam em nossos corações. Porém devemos sempre ter em mente que o magistério de Cristo na Terra é preponderante e crucial. O obreiro precisa antes de ser polido, político, carismático ou qualquer outra coisa humanamente falando, conscientizar-se que o ensino faz parte da grande comissão de Cristo.

Pregar com eloqüência, e oratória rebuscada e polida é sem dúvida uma arte, e um dom maravilhoso. Porém o ensino é quem leva a igreja, os “novos” conversos, as crianças, enfim todos, ao maravilhoso conhecimento de Deus e seu plano maravilhoso para conosco, através de sua disciplina e sistemática.

Não desanime, continue trabalhando, pois o ensino trabalha com realidades e não emoções, com verdades e não ficção, com doutrina, com didática e pedagogia, enfrentando todo tipo de desprezo e hostilidades nestes tempos modernos onde os modismos, os ritos e apelos às emoções, ao ego, ao antropocentrismo, ao ufanismo, triunfalismo e tantos ismos nos desafiam. Acusando-nos de ortodoxos, sistemáticos, desmotivantes, quadrados, sem graça, sem isso e mais aquilo.

Mas fique firme, continue sua luta e cumpra seu ministério, pois vale a pena.


Com o ano novo, também chega um trimestre novo de nossas lições. II Coríntios é o tema para este trimestre.


Lição 1 - A Defesa do Apostolado de Paulo.


Subsídio.


Tópico 1 – A Cidade de Corinto.

A subdivisão do tópico traz a seguinte constituição:

1.1 – Uma metrópole estratégica do século I D.C.
1.2 – Uma cidade histórica e libertina.
1.3 – Local da Carta.

Sobre Coríntios podemos relembrar fatos explanados em 2009, nas lições do 2º Trimestre, quando tratamos de I Coríntios. Porém vale relembrar alguns detalhes sobre a cidade, que talvez pelo tempo, não conseguimos explanar da primeira vez.


Cenário Geográfico e Cultural de Corinto

Corinto era a capital da Acaia, na península do Peloponeso no sul da Grécia, neste tempo uma província do Império Romano. Corinto era uma cidade portuária, cosmopolita, de forte comércio e com uma população estimada em 600.000 habitantes dos quais quase 400.000 sendo escravos. Nos tempos de Paulo, Gálio era o governador desta província (Atos 18.12 – 18). Corinto era também, muito conhecida por seu modo de vida exageradamente libertino, costume talvez adquirido pelo fato de haver o culto a Afrodite, com sua prostituição institucionalizada como culto sagrado à fertilidade. Diz-se que eram em torno de 1000 sacerdotisas que prestavam estes serviços de prostituição no próprio templo, como adoração a divindade. Por isso o modo de vida dos Coríntios era tão admirado, e gerava expressões como “corintianzar” (se deixar levar pelo modo de vida corintiano), “a donzela de Corinto” (iniciante) e a “enfermidade de Corinto” (doenças venéreas). Foi neste cenário que Paulo morou provavelmente um ano entre o ano 50 e 51 da era Cristã.


Tópico 2 – Objetivo da Carta


A subdivisão do tópico é esta:

2.1 – Autoria e características da carta.
2.2 – A carta tem um caráter especial.
2.3 – A exposição do ministério e apostolado paulinos e a coleta para os necessitados.

Paulo e seu relacionamento com a igreja de Corinto

Paulo chega a corinto provavelmente durante os anos 50 D.C. Em sua segunda viagem missionária. Segundo Atos 18. 1 -18, ele permanece ali por “um ano e seis meses”, pregando e ensinando. Deste esforço nasce a Igreja naquela cidade.

I Coríntios é escrita em Éfeso entre 54 e 57 D.C. A carta tem o propósito de responder a questões dos crentes de lá, sobre diversos temas, bem como tratar de assuntos doutrinários.

II Coríntios é escrita, com o propósito de apaziguar as possíveis desavenças que poderiam existir devido a uma segunda viagem do apóstolo a Corinto, durante a sua estadia de 3 anos em Éfeso (II Cor 12.14; 13.1).

A também há a possibilidade de Paulo ter escrito uma terceira carta, entre o período de tempo entre I e II Coríntios. Trata-se de uma carta propriamente chamada de “carta com lágrimas” (II Coríntios 2.3,4) e enviada por Tito (II Coríntios 8.23; 12.14), que alguns comentaristas consideram irremediavelmente perdida, embora outros a crêem descobri-la na seção de 10.1 – 13.1 de II Coríntios.

Paulo é o pai na fé dos coríntios, e mesmo que desprezado, continua a amá-los e ensiná-los. Você que é pai sabe como isto funciona, a gente nunca esquece um filho.

O esboço da Epístola

Prólogo – 1. 1 – 11.
O apóstolo defende seu ministério – 1.12 – 7. 16.
Oferta para os santos de Jerusalém – 8.1 – 9.15.
Nova defesa do ministério apostólico – 10.1 – 12.13.
Epílogo – 13. 11 – 13.

Data e lugar

Os dados que atualmente se dispõe, não nos permitem afirmar nem a data nem o lugar. Ma propõe-se que a data seria de 54 a 57 D.C. e a cidade pude-se ser da macedônia, talvez Filipos.

Objetivo

Neste esboço percebemos bem o propósito da epístola, que tem um caráter muito pessoal, bem identificado dada a pujante apologia ao seu apostolado, e a quantidade de afirmações pessoais feitas em grande número, e não referidas em outras cartas como:

Sua fuga para Damasco em um cesto (11. 32,33).
A experiência de seu arrebatamento até o terceiro céu (12. 1 - 4).
O espinho na carne (12. 7).
Seu padecimento fora do comum (11. 23 – 27).

Em II Coríntios, Paulo se depara com a presença de judaizantes vindos de Jerusalém, os quais traziam carta da Igreja de Jerusalém. Estes mesmos, lançavam dúvidas sobre as atitudes de Paulo quando a esta prática, que segundo eles lhe davam autoridade, que Paulo não fizera parte dos doze, e por mais ridículo que possa parecer, pelo fato de Paulo não receber salário da igreja como faziam os apóstolos!

Paulo em sua carta afirma que os corintos eram sua carta, ou seja, a prova de seu trabalho! Para eles o apóstolo não era estranho. Que não queria ser pesado aos irmãos de lá, mesmo sabendo que mereceria um salário destes. E que as maravilhas de Deus, realizadas em sua estadia naquela cidade, os milagres, e a própria fundação da igreja, seriam motivos para ele se considerar maior que estes “tais apóstolos”.

Talvez por isso em II Coríntios, o apóstolo fala por 32 vezes em “gloriar-se”, não que quisera isto, mas porque lhe era forçoso fazê-lo, como defesa pessoal. Leia II Coríontios 12. 11.

Tópico 3 – As lições que aprendemos com Paulo


Subdivisões:

3.1 – Amar sem ser conveniente com o erro.
3.2 – Ser obreiro é estar disposto a sofrer perseguições internas.
3.3 – Paulo não tomou todos por alguns.

Realmente quem ama de verdade, ama as virtudes e também sofre com os defeitos de quem se ama. Porém o verdadeiro amor não é aquele que acoberta o erro, e sim quem tem a paciência e a sabedoria, também a coragem de enfrentar o mal, com o objetivo de curar, sarar, consertar etc. por ter um objetivo maior, superior e excelente.

O verdadeiro obreiro com certeza não será muito propenso a pesquisas de opinião, rejeição ou aceitação não suas metas. Infelizmente a verdade não será aceita da maioria e pelas massas. No ministério então, a situação é mais complexa, pois valerá a política para não deparar-se com interesses, posições etc.

O princípio da equidade, que trata todos de forma igual deve ser a excelência do ministério ungido por Deus. A bíblia diz que “todos” pecaram, que “todos” carecem da misericórdia de Deus! (Romanos 3. 23).

“Alguns membros acusavam Paulo de covardia. Diziam que eram ousados em suas cartas, mas fraco em pessoa. O Novo Testamento não nos dá nenhuma idéia sobre a aparência de Paulo. Imaginar que este homem, capaz de revolucionar cidade após cidade, era fraco, seria absurdo. Ele deveria possuir uma personalidade forte e dominante. Tinha dons extraordinários e sua mente era aguçada e pesquisadora. Além disto, Cristo habitava nele e operava através dele.” Henrieta C. Mears.


Conclusão


Esperamos que você tenha uma boa aula. Prepare esta aula com mapas, muitas referências bíblicas, e deixe a classe expressar seus pensamentos. Peça ao Espírito de Deus a orientação, e a agilidade da pedagogia divina, para que você possa ser útil a sua classe. II Coríntios é uma epístola corajosa, densa e atual.

Deus o abençoe.

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