domingo, 14 de fevereiro de 2010

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO LIÇÃO BIBLICA Nº6



Ainda estou impossibilitado por outros motivos de publicar meu próprio subsídio das aulas aqui no blog, e por conta disso, estou ainda reproduzindo subsídios da CPAD e de outros blogueiros e igrejas.

Em breve estarei disponibailizando subsídios de minha própria autoria. Boa aula à todos.

Subsídio elaboarado pela Superintendência geral de EBD da Assembleia de Deus de Recife - PE, Rede Brasil de Comunicação, Pr. Ailton José Alves.

Lição - 06

INTRODUÇÃO

Em sua segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo ensina sobre diversas doutrinas fundamentais da fé cristã, visando,
principalmente, edificar a igreja e corrigir os falsos ensinos. Nesta lição estudaremos algumas delas, descritas no capítulo 5, tais
como: a Vida Futura, o Tribunal de Cristo, o Amor de Cristo, e, principalmente, sobre o Ministério da Reconciliação. Essas doutrinas,
que serviram de conforto e edificação para àquela igreja, tornam-se também, indispensáveis para o nosso consolo e edificação.

I - A VIDA PRESENTE E A FUTURA

O apóstolo inicia o capítulo 5 descrevendo a esperança de obter um corpo incorruptível no porvir. Ele diz: “Porque sabemos
que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos
céus” (II Co 5.1). Vejamos algumas lições que aprendemos neste texto:

1.1 Paulo usa uma expressão condicional: “... se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer...”. Esta expressão tem o
mesmo sentido de: “se nós viermos a morrer...”. O apóstolo usa a expressão “se” porque sabia que nem todos hão de experimentar a
morte (I Co 15.51,52 ). Quando Cristo voltar, os salvos que estiverem vivos serão transformados (I Ts 4.16,17). Isto significa que o
cristão espera a transformação do corpo por ocasião do arrebatamento (para os salvos que estiverem vivos nesta ocasião); ou da
ressurreição dos mortos (para aqueles que já dormiram em Cristo).

1.2 Paulo fala sobre a possibilidade dessa “casa terrestre” se desfazer: “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste
tabernáculo se desfizer...”. O termo grego utilizado pelo apóstolo para o verbo “desfazer” é “kataluo”, e significa “derrubar' ou
“destruir”. O apóstolo deixa bem claro que esta “casa terrestre” ou “tabernáculo” pode ser destruído por meio da morte, pois, por
causa do pecado, todos nós estamos sujeitos a morte física (Gn 2.17; 3.19; Rm 5.12).

1.3 Paulo revela uma esperança incorruptível: “... temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” .
O apóstolo sabia que algo melhor do que uma “casa terrestre” o aguardava: um corpo imortal e incorruptível (I Co 15.53,54). Na
verdade, Paulo mostra um contraste entre a “casa terrestre” e o “edifício”. Enquanto que o primeiro é temporário, corruptível e
terreno; o segundo é eterno, incorruptível e celestial.

II – O TRIBUNAL DE CRISTO

Outra doutrina mencionada pelo apóstolo neste capítulo é a do Tribunal de Cristo. Paulo diz: “Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (II
Co 5.10). Vejamos o que o apóstolo nos ensina sobre este tribunal:

2.1 “Porque todos devemos comparecer...” (II Co 5.10a). A expressão “todos” não se
refere a todos os homens, e sim, a todos os
salvos, pois, o Tribunal de Cristo é o tribunal em que todo salvo comparecerá, após o arrebatamento da igreja, para receber o galardão
ou recompensa pelo trabalho que realizou, em prol do reino de Deus aqui na terra (Rm 14.10).

2.2 “... para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo...” (II Co 5.10b). Isto nos ensina que não se trata de
um tribunal para condenar, e sim, para galardoar os crentes (Rm 8.1; I Co 4.4,5). É o momento da prestação de contas de nossas
ações, de nossa fidelidade; nosso zelo pela obra do Senhor na terra. Em (I Co 3.8) Paulo diz: “...cada um receberá o seu galardão
segundo o seu trabalho”.

2.3 “... ou bem ou mal” (II Co 5.10). a palavra “mal” neste texto, não significa “pecado”, pois neste tribunal não haverá pecador (Lc
20.35,36); mas, refere-se ao tipo de material em que foram feitas as obras, tais como: madeira, feno e palha; ou ouro, prata e pedras
preciosas (I Co 3.11-15). Obras de prata, ouro e pedras preciosas são aquelas que fazemos com amor, com dedicação e para a glória
de Deus.

III – O AMOR DE CRISTO CONSTRANGE

Sobre o amor de Cristo, o apóstolo diz: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu
por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por
eles morreu e ressuscitou” (II Co 5. 14,15).

3.1 “Porque o amor de Cristo nos constrange ...”. Diversas vezes, em suas epístolas, o apóstolo faz menção ao amor de Cristo (Rm
5.5; 8.35; Ef 3.19). Porém, neste texto, ele aborda o tema com uma conotação diferente. O termo grego utilizado pelo apóstolo para o
verbo “costranger” é “sunecho” que, apesar de significar “fechar”, também tem o sentido de “impelir” ou “impulsionar”. Em outras
palavras, o que o apóstolo estava afirmando é que todo o seu zelo e cuidado para com a igreja, sem nenhum interesse próprio, era
decorrente do amor de Cristo, que servia como motivação, ou seja, o amor de Cristo, para Paulo, também agia como força
impulsionadora.

3.2 “...se um morreu por todos, logo todos morreram...”. Quando Jesus morreu na cruz, ele tomou o lugar de todos nós. Assim
como o cordeiro pascoal no Egito foi degolado em favor de todos que estavam em uma casa (Ex 12.13,23), assim também Cristo,
nosso “Cordeiro Pascoal” (I Co 5.7) foi sacrificado por nós (I Pe 3.18). Portanto, Ele é o nosso substituto, que se apresentou em
nosso favor e morreu em nosso lugar (Rm 5.6-8; 8.32; Gl 2.20; Ef 5.25; I Ts 5.10; I Tm 2.6; Tt 2.14). Assim, todos os que crêem em
Jesus, não só participam dos benefícios de sua morte, como também morrem para a velha vida, e nascem de novo para andar em
novidade de vida (Rm 6.4)

3.3 “...E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.
Podemos dizer que este é o grande alvo do cristianismo: viver para Cristo. A morte de Cristo concede ao homem, muito mais do que
o perdão dos pecados e a vida eterna, mas também, o direito de viver para Ele. Após o encontro com Cristo, o homem deve deixar o
seu “eu” para ser moldado segundo a imagem de Cristo. Escrevendo aos gálatas, o apóstolo diz: “Já estou crucificado com Cristo; e
vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se
entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).

IV - O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO

Acerca da Doutrina da Reconciliação, o apóstolo Paulo diz: "Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo
mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nos a palavra da reconciliação" (II Co 5.18,19). Enumeramos algumas lições que o
apóstolo nos ensina neste texto:

4.1 A reconciliação provém de Deus. "Tudo isto provém de Deus...”. Neste texto, Paulo refere-se, especialmente, a obra da
reconciliação. Isto nos ensina que, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus, pelo próprio Deus, através da morte de
Seu Filho (Rm 5.10). Foi Deus quem tomou a iniciativa de reconciliar consigo mesmo o mundo, e deu seu Filho Unigênito (Jo 3.16)
em sacrifício pela humanidade, pois, Ele não quer que o pecador pereça (Ez 33:11), e, sim, que todos se arrependam e venham ao
conhecimento da verdade (I Tm 2.4; II Pe 3.9).

4.2 Jesus morreu para nos reconciliar com Deus. “ ...nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo...”. A morte de Jesus Cristo
tornou-se necessária por causa da queda do homem. Todos os homens estavam debaixo do pecado (Rm 3.23) e da ira de Deus (Rm
1.18; Ef 5.6), marchando para a ira futura e para a perdição (Rm 2.5). Mas Deus, movido por seu grande amor, enviou seu Filho
Unigênito ao mundo (Jo 3.16; I Co 15.3; Ef 3.11; I Pe 1.19,20; Ap 13.8), para aniquilar o pecado pelo seu próprio sacrifício (Hb
9.28; I Pe 2.24); e, pela sua morte, não somente nos resgatar dos nossos pecados, como também nos reconciliar com Deus. O apóstolo
Paulo, em suas epístolas, discorre diversas vezes acerca desse tema. Vejamos:
· “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já
reconciliados, seremos salvos pela sua vida”. (Rm 5.10);
· “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação. Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs
em nós a palavra da reconciliação”. (Rm 5.18,19);
· “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto”. (Ef 2.13).
· “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua
cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos
céus”. (Cl 1.19,20).

4.3 Deus nos deu o ministério da reconciliação. "… e nos deu o ministério da reconciliação... e pôs em nós a palavra da
reconciliação". Deus entregou a igreja a missão de anunciar ao mundo esta reconciliação, ou seja, proclamar as boas novas de
salvação. O termo grego para “ministério” é “diakonia”, que significa “serviço”. Isto significa que Deus, não apenas reconciliou o
mundo, como também comissionou mensageiros para proclamar as boas novas. Todos os que dão ouvidos ao chamado para o
arrependimento tornam-se reconciliados com Deus, e recebem a incumbência de anunciar esta mensagem do Evangelho a outros (Mt
28.18-20; Mc 16.15; At 1.8).

CONCLUSÃO

Vejamos como estas doutrinas se harmonizam: através do sacrifício de Cristo, fomos reconciliados com Deus e podemos
obter paz e counhão com Ele (Rm 5.1,10). E esta reconciliação nos proporcionará bênçãos eternas e celestiais, tais como: corpos
gloriosos e incorruptíveis (I Co 15.53,54). Mas, também fomos incubidos da responsabilidade de anunciar a outros esta reconciliação
(II Co 5.18,19), o que não fazemos como um fardo pesado, pois, o amor de Cristo nos impulsiona e nos motiva (II Co 5.14,15); e
temos a certeza que, no futuro, estaremos perante o Tribunal de Cristo (II Co 5.10), recebendo do próprio Senhor Jesus, o galardão,
como recompensa pelo que fizemos aqui, em prol do reino de Deus (Rm 14.10).

REFERÊNCIAS:

· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.
· O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. R. N. Champlin. HAGNOS.
· II Coríntios, Introdução e Comentário. Colin Kruse. VIDA NOVA.
· I e II Coríntios, Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Stanley M. Horton. C.P.A.D.

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